Me mudei pro 702 três meses atrás. Meu vizinho, um coroão gostoso e que também é o cara mais legal que conheço, mora no quinto andar. Quando cheguei de mudança, rodeado de malas e completamente sozinho, ele foi o primeiro morador que eu conheci.
— Opa, vizinho novo! Vem, deixa eu te ajudar com essas malas — disse segurando o elevador.
— Tô mesmo precisando de uma mãozinha. Brigado!
— Que isso. Me chamo Sérgio. Tô aqui pra ajudar.
Sérgio é um cinquentão atlético, forte e grande feito um armário. Deve ser um dos caras maiores e mais altos que eu conheço. Daqueles que te intimidam só de dividir com você o mesmo metro quadrado.
É o oposto de mim, um twink de 30 anos, pele lisa e sem pelos nem barba. Sou baixo, magro, e todo mundo diz que tenho cara de mais novo. Frequento a academia regularmente, mas só pra manter o corpo saudável.
Quando Sérgio viu que eu ainda não tinha móveis, descolou um colchão inflável e me ofereceu ajuda “sempre que você precisar”. No dia seguinte, me ajudou com as persianas e também apareceu quando veio o fogão, a estante e o sofá.
Nas primeiras semanas, com a chegada da mudança, nos víamos praticamente todo dia. Ele fazia tudo por mim com um mega sorriso na cara e o pé nas costas. Quando nos encontrávamos, ele sempre me cumprimentava do mesmo jeito:
— E aí vizinho! Como é que tá na casa nova?
— Tá começando a ficar com cara de lar! Brigado, Sérgio.
— Imagina, tô aqui pra ajudar.
Antes do fim do primeiro mês, trocamos os apertos de mão por abraços. O dele é forte, firme, desses que te envolve todo ao redor dos braços. Quando fala comigo, parece que só eu existo. É um cara e tanto, e eu tô contente de tê-lo como amigo.
A gente chama um ao outro de vizinho. “E aí, vizinho” virou nosso cumprimento oficial. Às vezes, quando chego do trabalho e me vejo sozinho em casa, fico imaginando o que meu vizinho preferido tá fazendo. Queria que ele aparecesse na minha porta só pra dizer oi, sei lá.
Mas aí a mudança foi dando lugar à rotina, e a gente agora só se esbarra por acaso. Um dia, cruzei com ele, a mulher e a filha na garagem. Ele foi doce, me apresentou à família com carinho, mas não quis me abraçar.
Eu, de minha parte, tive de lutar pra disfarçar meu descontentamento por não ter reparado antes que ele era casado. Acho que ele percebeu. Numa manhã depois daquele encontro, saindo pra academia, nos esbarramos de novo no elevador.
— Tá tudo bem com você? Você tava estranho… Aconteceu alguma coisa?
— Não é nada, Sérgio. Só tô um pouco cansado com o lance da mudança. Tem muita coisa pra arrumar. Aliás, brigado mesmo por me ajudar sempre. Se não fosse você…
— Oh, vizinho — disse me abraçando — Não precisa agradecer. Eu gosto de te ajudar.
O elevador apitou no terceiro andar e a gente, meio constrangido, teve de se desfazer daquele abraço quando entrou a senhora do 303. Ele me deu uma piscadinha por trás da velha ao mesmo tempo que se oferecia pra ajudá-la. Tive de disfarçar porque fiquei de pau duro.
Passei o resto do dia com a memória daquele toque e com sua frase na cabeça. Eu gosto de te ajudar. Por que aquele homem parecia tão solícito comigo? Que sorte do acaso foi essa que nos aproximou logo de cara? Como foi que, de repente, ficamos assim, tão amigos?
Sei que ele é um membro bastante ativo no bairro. Do tipo que organiza eventos pra melhorar calçadas e arrecadar fundos pra caridade. Frequenta o clube, a praça, a igreja. É conhecido e amado por todo mundo, e tem uma família exemplar.
Típico bom cidadão, bom marido, bom vizinho, com pinta de fiel e responsável. Daqueles que nunca estão despenteados, desalinhados. Tudo está nos eixos e não há nada fora do lugar. O tipo de homem que, no fundo, todo homem sempre quis ser.
Apesar disso, pra mim, aquela frase no elevador soava praticamente como uma declaração proibida, uma confissão de cumplicidade em meio a tanta perfeição. E eu me contentei com ela por algum tempo. Reimaginei mil vezes aquele nosso abraço no elevador.
Nossos corpos presos um ao outro, vigorosos, nus, contidos naquele cubículo inevitável. Seu cheiro, seu peso, seu tamanho, seu abraço. Seu pau, meu pau, seu beijo, seu gosto de macho. E a voz no meu ouvido dizendo eu gosto de te ajudar.
Dizia pra mim mesmo, cheio de culpa, “desencana, ele é hétero, mais velho e bem casado. Nunca vai rolar.” Passei a evitá-lo de propósito. Mas Sérgio parecia estar em todo lugar: no saguão, na academia, na padaria da esquina.
— E aí, vizinho, tá tudo bem contigo? Nunca mais a gente conversou…
— É, tenho andado ocupado com o trabalho. E você, como tá?
— Tô bem. Escuta, tô precisando daquele colchão inflável que eu te emprestei. É que vou acampar com os amigos na semana que vem. Tudo bem?
— Ah, nossa! Claro, vizinho! Eu deixo lá na sua casa hoje mesmo. Desculpa, é que ainda não tive tempo de montar a cama nova.
— Não se preocupa. Sua cama nova chegou? Que maravilha!
— Tem uns três dias. Só que ainda tá na caixa.
— Olha, se precisar de ajuda pra montar, eu vou lá hoje depois do trabalho e a gente monta ela junto. Dez da noite, o que acha?
Fiquei super contente com a proposta, nem consegui disfarçar. Abracei-o e só depois percebi o que havia feito. Ele devolveu o abraço e não quis me largar. Sua mão desceu pelas minhas costas e, de repente, segurou firme na minha bunda. Pulei pra trás.
Aquele contato me deixou de pau duro de novo, e dessa vez acho que foi impossível ele não notar. Mesmo assim, ele não deu bola, continuou agindo naturalmente, muito casual. Deu um sorrisinho gentil e pôs a mão no meu ombro com carinho.
— Parece que você tá precisando de uma ajudinha, mesmo.
— Brigado, vizinho — eu disse, envergonhado.
— Já te disse: tô aqui pra o que você precisar.
Sérgio apareceu na minha porta na hora marcada, vestindo uma camisa branca e uma bermuda de malha. Dava pra ver melhor do que nunca as coxas e a bunda torneadas pela malhação. O pacote, folgado, parecia querer escapar. Eu tentava não olhar, mas não dava.
Além disso, trazia uma caixa de ferramentas e um engradado de cerveja. Era uma sexta-feira quente como o inferno. Deus sabe como eu também tava precisando de uns gorós pra variar. Começamos a beber e fomos relaxando. Ele parecia saber muito bem o que tava fazendo.
— Essas aqui são úteis — disse indicando as chaves de fenda. — Mas as que funcionam de verdade são essas outras — falou levantando a cerveja, ajeitando o pau na bermuda e explodindo numa gargalhada.
Sérgio pedia ajuda pra segurar uma barra ou um estrado, mas fez praticamente tudo só. A montagem do móvel tava fluindo muito bem. Mais do que isso, nossa intimidade também. Havia uma tensão latente no ar.
Nossos papos eram permeados pelo frisson dos toques ligeiros de nossas mãos passando cervejas ou ferramentas. Fora as breves encoxadas cheias de significado, mas dissimuladas de inocência e acidente naquele jogo eterno de monta, parafusa e encaixa.
— Alguém aqui tá caprichando na academia — ele disse uma vez quando precisou passar pelo espaço pequeno entre mim e a parede e tocou na minha cintura, roçando seu corpo inteiro contra minhas costas.
— A gente faz o que pode, não dá pra descuidar. Você quem o diga, né? Daria tudo pra ser grandão assim que nem você.
— Tudo, é? — e deu uma gargalhada, virando o final de mais uma cerveja.
Havia os olhares furtivos, os toques fugazes, e aquele calor inclemente que nos fazia querer ficar nus e nos largar no chão. Sua camiseta branca colava nos vincos dos músculos, e ele arrumava o pau na bermuda de vez em quando, me deixando com mais tesão.
Apesar do álcool, ele não ultrapassou nenhum limite e eu também não queria forçar a barra. Tinha certeza de que íamos ficar naquela brincadeira inocente até o fim da montagem da cama, e tudo acabaria ali. Rimos muito, falamos de tudo um pouco, ouvimos música.
Já era quase uma da manhã quando a cama finalmente ficou pronta. Ele me ajudou a por o colchão recém-desembalado sobre o estrado. Depois arrematamos com o lençol e os travesseiros. Quando não faltava mais nada, eu, já de pileque, me joguei na cama.
— Hehe, isso aí garoto. Tem de fazer o test-drive. Será que ela aguenta nós dois?
Disse isso se se jogou ao meu lado. Seu corpo pesado no colchão me fez cair um pouco pro seu lado. Fiquei colado nele, sem coragem de sair do lugar. O álcool tinha feito seu trabalho, eu estava completamente desinibido, pronto pra dar o próximo passo.
— Parece que sim! Fizemos um bom trabalho, hein? — eu respondi. — Ela nem rangeu!
Nossas cabeças já estavam bem próximas, nossas vozes, mais baixas.
— É, parece que é bem firme. Mas tem mais um teste, e esse é essencial.
— Qual?
Não esperou eu responder e me beijou na boca. Assim, completamente inesperado. E foi instantâneo, como se pegasse fogo na pólvora. Me entreguei àquele beijo como se já esperasse por ele há muito tempo, em cada abraço no elevador, em cada “e aí, vizinho”.
Ele também parecia querer avidamente minha boca, meus ombros, minha cintura, meu corpo todo. Segurou minha cabeça e ficou por cima de mim. Enfiava sua língua com vontade, como se fosse me engolir.
Não dissemos nada, só fazíamos o que o tesão mandava. Eu queria ele todo: o cheiro do seu suor de macho, o peso das suas coxas contra as minhas, sua barba áspera, seu pau duro por cima da roupa contra meu corpo esguio e magro.
— Eu quis você desde a primeira vez que eu te vi — sussurrou.
Tirou minha camiseta e meus shorts e me deixou completamente nu. Me virou de costas e me beijou o corpo todo, foi esfregando a barba das minhas costas até minha bunda. Eu já tava todo arrepiado quando a língua dele alcançou meu o cu.
Empinei ainda mais a bunda e me entreguei todo àquele cunete incrível. Gemi gostoso em resposta àquele contato úmido e quente. A cada lambida que me dava era como se o mundo fosse desabar como uma cachoeira de tão molhado que eu tava lá embaixo.
— Senta na minha cara? —disse. Depois tirou o pau pra fora da bermuda de malha cinza e me deu pra mamar. Encaixei sua cabeça entre minhas pernas e deitei meu corpo sobre o seu. Beijei sua barriga, sua pubis e alcancei o mastro com vontade.
Era grandão, grosso, inchado. Proporcional ao tamanho do meu macho. A cabeçorra era vermelha, bem babona, suculenta, circuncidada. O corpo do pau era reto, maçiço, com veios pulsando tesão. O saco, depilado, emoldurava aquela coisa enorme apontando pra minha cara.
Fui pondo na boca aos poucos, primeiro sentindo o cheiro daquele membro grosso pulsando na minha língua. Sorvi o pré-gozo primeiro e depois abocanhei aquela rola toda de uma vez. Ouvi-lo gemendo de prazer me deu ainda mais tesão, lambendo meu cu ainda mais.
— Isso, meu garoto. Chupa a pica do papai.
Sem tirar o pau da boca, rebolei gostoso, surpreso e animado com o novo tom de voz. Enquanto eu o servia com minha boca, ele tateava minha bunda, lambendo-o e lubrificando ainda mais meu buraquinho, medindo, dilatando pro pau poder caber dentro de mim.
Começou enfiando um dedo. Meu cu fechou em volta dele e ele gemeu tanto de novo de tesão. Deu um tapa na minha bunda empinada e segurou-a com uma das mãos como se a medisse, notando que ela cabia praticamente toda em sua palma máscula.
— Você vai dar essa bundinha hoje pro papai, não vai?
Comecei a rebolar no dedo dele e meu cu foi relaxando ainda mais. Não demorou muito pra ele enfiar o segundo e o terceiro dedos. Continuei mamando gostoso, imaginando que aqueles dedos logo, logo, seriam substituídos por aquela rola imensa e potente.
Ainda não tava seguro que ia conseguir dar pra um pau daquele tamanho, tão duro, tão grosso. Eu sabia que se a gente tentasse, ele ia me estraçalhar. Mas outra parte de mim queria exatamente isso. Ser arrombado pelo meu vizinho era tudo o que eu mais queria.
Fui cada vez mais relaxando meu corpo aos toques dele, à maneira como me beijava e me segurava. Me sentia seguro, protegido, completamente suscetível à vontade dele sobre mim. Tirei a camiseta dele, toquei a tatuagem que ele tem no peitoral e mamei seus mamilos.
Depois, Sérgio puxou minha cabeça e me engoliu num beijo, me abraçando e me fazendo sentar no seu colo. Enquanto eu o beijava, mamava em seus mamilos ou lambia seu sovaco suado, rebolava sentindo aquele mastro roçar no meu rego.
Ele sorriu pra mim e me deitou na cama de novo com muita delicadeza, como se eu fosse um brinquedo novo que ele não queria quebrar. Olhou pro meu corpo branco, magro, nu e vulnerável. Ele me desejava, tava na cara.
Esfregou o pau onde podia, na minha cara, no meu corpo, como um animal demarcando território. Me lambuzou de pré-gozo e fiquei sentindo aquele cheiro de macho em mim. Pedi que fodesse minha boca e ele se encaixou nela até eu engasgar.
— Hoje você é meu.
Segurou meus tornozelos e mergulhou de cara na minha virilha, lambendo meu pau e depois apontando meu cu pro alto, onde ele enterrou a cara de novo e me lambeu mais um pouco. Saiu daquele beijo grego em êxtase. Eu tava pronto pra dar e ele, pronto pra ele me comer.
Foi me penetrando aos poucos, curtindo a sensação de ver a rola enorme desaparecer dentro de mim. Não foi preciso lubrificante. O suor daquela noite quente e nossas salivas fizeram todo o trabalho. Foi a primeira vez que fui fodido só usando o que a natureza dá.
No começo doeu um pouco. Mas ele foi gentil e soube ter calma. Depois me acostumei com aquela pressão e fui me acomodando no seu pau até sentir que tinha entrado tudo. Aquele cacete me abria, me completava, me possuía como um porrete, uma arma.
Carinhoso, ele me beijou, me envolveu nos braços, me puxou pro seu colo e me fodeu como nunca eu tinha sido fodido. Primeiro delicado e suave, pra não machucar o seu brinquedo. Depois, forte e viril como um martelo, se apossando de tudo o que eu era.
Quando eu já tava completamente relaxado, pedindo aquele pau com mais força, cada vez mais, ele me levantou da cama sem tirar de dentro de mim sua rola poderosa. Eu pude sentir as bolas arrochando ainda mais minha portinha já bem macia e alargada.
Me comeu suspenso em seus braços, forte como um deus, como o diabo. Senti ele fundo se encaixar no meu corpo como se fôssemos um só. Que sensação maravilhosa, que vigor, que foda incrível. Queria aquilo todo dia.
Pediu pra me comer de quatro e eu deixei. Me pus de quatro na cama e ele me invadiu por trás sem pedir licença. Gritei de dor na hora, mas depois empinei a bunda ainda mais, deitando a cabeça e abrindo os braços sobre a cama. Gemi como uma cachorra querendo mais.
— Me come!
Ele entrava e saía de mim só pra ver meu cu virando um túnel com o tamanho dele. Cuspiu no pau e meteu firme de novo e de novo, sem parar. Não parava de elogiar minha bunda. Eu não conseguia me controlar e gemia a cada estocada.
— Anh, anh, anh, aaaanh, mete maaaaaais.
— Que cuzinho gostoso! Vai, sente minha rola, sente! Geme, geme pro papai.
— Aaaah, tô gozando — anunciei, e comecei a esporrar na cama sem nem me tocar. Foi a melhor sensação do mundo, que eu nem sabia que podia sentir. Uma explosão de prazer e relaxamento que te domina inteiro e que demora alguns segundos antes de acabar.
Meu vizinho, incansável, sentiu imediatamente as mudanças do meu corpo em volta da sua pirocona: meu corpo tremendo e cu piscando, se expandindo e apertando, prendendo seu membro dentro de mim.
Sérgio também não aguentou e mandou porra pra dentro. Urrou de prazer, enterrando seu pau ainda mais enquanto gozávamos praticamente juntos. Depois, exausto, se deitou sobre mim. O corpo quente, molhado de suor.
Me abraçou como se fosse meu dono e quisesse me proteger. Beijou minha boca, minha orelha e minha nuca. Mesmo depois de gozar, manteve o pau dentro de mim, abrindo minhas pernas com a dele. Fez carinho no meu cabelo suado e cochichou no meu ouvido:
— Que delícia, meu garoto. Que cu guloso você tem.
— Eu também adorei — disse, beijando-o na boca.
— Acho que a cama aguentou a gente!
Ele riu. Dormi com o pau dele ainda dentro de mim, ouvindo sua respiração e sentindo o peso do seu corpo grande sobre o meu. Há muito tempo que não tenho um sono tão pesado. Acordei há pouco, completamente extasiado, sem ressaca e sem nenhuma dor no corpo.
Mas ele já tinha ido embora. Desapareceu no meio da noite sem me acordar. Levou o colchão inflável e me deixou vazio, querendo mais. Na geladeira, notei um recado: “Acampamento semana que vem. Tem espaço na minha barraca. Meus amigos vão te adorar.”